Do novo ao velho e do velho ao novo, em um ciclo que nunca se rompe.
Em cada olhar, um verso escondido; em cada ser, um coração esperando para ser escrito.
O novo nasce vibrante, cheio de cor, de possibilidades e de movimento. É a promessa, a inquietação e o brilho do ineditismo. Ele surge como uma página em branco, onde cada traço desenha um futuro ainda desconhecido. O novo grita, desafia, quer romper barreiras, quer provar que existe. Quer se tornar parte, quer viver de arte e não quer estar um só impasse.
O velho, por outro lado, carrega o peso do tempo, mas também a sua sabedoria. Ele não precisa gritar, porque sua presença já é um testemunho. O velho é a raiz, o alicerce, a história que sustenta o que vem depois. Enquanto o novo se agita, o velho observa, sabendo que um dia já foi assim—e que, em algum momento, voltará a ser.
Mas eis o segredo: eles não são opostos, são um mesmo fluxo. O novo amadurece, torna-se velho. O velho se desfaz, dá espaço ao novo. O que ontem era juventude hoje é experiência, e o que hoje é experiência, amanhã será lembrança. É um ciclo contínuo, onde nada realmente termina— Apenas se transforma.
E nesse jogo de espelhos, percebemos que não há chegada definitiva, nem ponto final. O que se desgasta abre espaço para que floresce, e o que floresce, inevitavelmente, um dia se tornará semente novamente. Somos a reinvenção constante do que já fomos, vestígios do passado caminhando em direção ao futuro. Cada memória antiga um dia foi novidade. Cada esperança de agora será história. E assim seguimos, refletindo o tempo, sendo o ciclo, vivendo a transformação.
Até o próximo ciclo do Möbius e com muito carinho, Mavie.
QUE LINDO!!
AMEI